Ação

Posted: sábado, 15 de agosto de 2009 by Fernando K. in
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Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008) por Fernando K.








Dois anos se passaram desde o surgimento do Homem-Morcego. Os criminosos se sentem acuados e fazem de tudo para não serem pegos. Para piorar (para os criminosos), uma aliança entre Batman (Christian Bale), o tenente James Gordon (Gary Oldman) e o promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), conhecido como Cavaleiro Branco, se forma, limpando a cidade do crime e o caos. E para frear essa varredura e impor sua autoridade, temos o vilão da história, o Coringa (Heath Ledger), que virará Gotham City de cabeça para baixo de maneira assustadora com suas ações ousadas e surpreendentes.

Seguindo a trajetória do filme anterior (Batman Begins 2005), a continuação recheada de brilhantismo tem o diretor-roteirista Christopher Nolan (Amnésia 2000) novamente, desenvolvendo um dos seus melhores trabalhos. Me arrisco a dizer que seja uma obra primordial com o diretor juntamente com seu irmão Jonathan Nolan demonstrando criatividade ao criar um roteiro tão fascinante como este, creditado também por Goyer (co-autor). O modo como o enredo envolve os personagens é capaz de deixar o espectador perplexo com tamanho equilíbrio atribuído por todo o conteúdo gerado. Ao decorrer do longa, logo percebe-se que a trama gira em torno de três personagens fundamentais: Bruce Wayne/Batman tendo sua maneira de trazer paz destroçada quando aqueles que comandam Gotham City e pessoas próximas a ele estão em risco, colocando sua idealização sobre justiça em dúvida. Harvey Dent, peça-chave para o desenrolar da história e carta na manga do vilão e sendo principalmente um símbolo (pela população) de uma luta sofrida pelo que há de correto, tornando-se assim um dos protagonistas. E Coringa, que se sobressai pela atuação esplendida de Heath Leadger, ofuscando os demais e logicamente sendo o antagonista mais marcante (ou pelo menos um dos) já criado.

Quando afirmo dizer ser uma obra primordial, me refiro a decisão tomada por Nolan em martirizar o herói no desfecho, impondo sua idéia de que a humanidade não requer um herói mascarado se escondendo nas sombras, mas sim, pessoas boas que imponham a justiça e a ética de forma correta, estabelecendo uma reflexão justa sobre nossos atos a ponto de tornar nossas ações em coisas boas ou ruins, isenta de erros. Além de que tudo se passe a ponto de perpetuar o confronto entre Batman e Coringa sem que o mesmo ocorra transmitindo ser o núcleo do enredo. E Tendo Dent como o "Cavaleiro Branco", ou seja, o mocinho da trama como peça fundamental para ditar a idéia da história de que até mesmo o mais nobre dos nobre pode perecer. Logo então, entende-se que esses seriam alguns motivos para tornar esse trabalho único e simplesmente genial.

Ainda sobre a idéia do roteiro, vale destacar o modo como a história se converte. Temos a princípio (primeira parte), a aliança (Batman, Gordon e Dent) cumprindo seu papel, limpando as ruas da cidade onde o antagonista é apenas uma segunda preocupação. E a segunda parte, no qual o Coringa executa suas ações que desencadeam um completo holocausto em Gotham City, aumentando ainda mais o suspense da trama com uma trilha sonora osquestral harmonizada e composta por Hans Zimmer e James Newton Howard essencial para o desenvolvimento do longa. Uma mudança de ares notável, no qual percebe-se também na fotografia. Com um tom mais obscuro utilizado na segunda parte, transmite-se uma sensação de medo e excitação que permitem o filme passar rapidamente. E no clímax, temos todas as partes se encaixando tornando-se uma só, levando o espectador ao desfecho ciente de tudo que se passa, destacando ainda mais a genialidade do roteiro.

Por parte do elenco, Heath Ledger tendo sua melhor atuação no papel do Coringa, lhe rendeu o Oscar por melhor ator coadjuvante. E digo, merecidamente. O ator, assim como o roteiro, foi primordial. Particularmente, ao acompanhar a trama, logo percebi que Ledger foi brilhante, tanto nas expressões (embora ofuscadas pela maquiagem), gesticulações, a tonalidade de voz, seu jeito de andar, etc. Enfim, todas as suas ações geradas no filme fez com que me surpreendesse positivamente e ao levantar-me da cadeira logo pensei: "O Oscar é dele", embora já estivesse noticiado seu falecimento. Mas Ledger perpetuou sua atuação no Coringa, a ponto de me arriscar a dizer que ninguém poderá superá-lo neste papel. Vale lembrar que este "palhaço", diferente dos seus antecessores, não é cômico, mas sim, totalmente assustador. Christian Bale e Aaron Eckhart ofuscados pela presença de Ledger, fizeram seus papéis. Bale, na minha opinião como fã de Batman, nunca poderia interpretar o homem-morcego por sua ineficiência em alguns aspectos e também em termos estéticos, pois não consigo ver Bale bancando o playboy. Eckhart cumpriu bem seu papel e Meggie Gyllenhaal se saiu melhor que sua antecessora Katie Holmes. Morgan Freeman e Michael Caine que juntos detem três estatuetas, também foram bem, embora pouco aproveitados.

Em um ritmo frenético, "Batman - O Cavaleiro das Trevas", torna a cidade de Gotham algo parecido com a realidade, no qual a corrupção e a violência predominam de forma incessante, tendo alguns cidadões que se prontificam em reverter toda essa situação catastrófica. E do outro lado, temos um vilão que diferentemente dos demais, que não busca riqueza, mas sim, uma felicidade conturbada que objetiva a destruição de tudo que esteja em seu caminho. Em outras palavras, um despotismo (poder ilimitado) capaz de espalhar sua loucura por todo o mundo. Destaque para o diretor Christopher Nolan que buscou o máximo de realismo possível. Tanto os personagens como as situações (ex.: a sequência do caminhão sem computação gráfica), deixando a si como segundo plano (embora alguns digam que ele fora pretensioso).

Vai ser difícil Nolan se superar em uma terceira continuação, pois fica improvável o mesmo fazer um trabalho superior a este. Este que supera qualquer espectativa e com certeza se torna o longa-metragem mais marcante sobre o homem-morcego. Sou capaz até de esquecer da existência dos filmes de Tim Burton ("Batman" 1989 e "Batman - O Retorno" 1992) tendo Jack Nicholson e Michelle Pfeiffer respectivamente no elenco. E os outros dois dirigidos por Joel Schumacher ("Batman Eternamente" 1995 e "Batman & Robin" 1997) no qual o segundo eu vi no cinema. Finalizando, "Batman - o Cavaleiro das Trevas" é daqueles filmes em que se deve assistir no cinema e posteriormente em DVD. Se possível, comprá-lo.

Excelente!!!

Transformers - A Vingança dos Derrotados por Fernando K.

» Título Original: Transformers: Revenge of the Fallen, 2009

» Direção: Michael Bay

» Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman e Ehren Kruger

» Gênero: Ação/Aventura/Ficção Científica

» Origem: Estados Unidos

» Duração: 147 minut
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» Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=CGv84SsVNpg

Passaram-se dois anos desde a ultima batalha entre Autobots e Decepticons. Com o Setor 7 extinto e substituido pela agência NEST, os Autobots agora são auxiliados pelo governo americano, aniquilando qualquer princípio de investida inimiga, buscando vestígios de Decepticons por todo o mundo. Enquanto isso, Sam Witwicky (Shia LaBeouf) segue uma vida normal, agora ingressando na faculdade, ficando distante de sua linda namorada Mikaela Banes
(Megan Fox), seus pais Judy (Julie White) e Ron (Kevin Dunn) e seu companheiro e protetor Autobot Bumblebee.

Transformers: A Vingança dos Derrotados se reitera em assumir exatamente a mesma posição que o longa anterior. Com cenas ensurdecedoras e explosões demasiadas, Michael Bay se limita em captar o público de forma geral, pois é difícil encontrar um espectador que deprecie uma boa cena de ação ou não se encante com a beleza de Megan Fox. Analisando o ponto de vista do diretor, logo percebe-se que o mesmo e seus roteiristas
Roberto Orci, Alex Kurtzman (Star Trek) e Ehen Kruger (O Suspeito da Rua Arlington, 1999) não se aprofundaram em uma qualidade maior para o filme, deixando-o apenas rotulado (com altas espectativas), no entanto, sem conteúdo.

De fato, o personagem que se tornou protagonista deixando para trás Sam, o único capaz de integir com os "carros rôbos", e Optimus Prime com suas frases filosóficas e ato de liderança, foi Mikaela (Megan Fox). Com uma beleza escultural adicionada a seu rosto angelical, a atriz foi literalmente usada para desdenhar os protagonistas e transformar o longa em um "S.O.S. Malibu" praticamente. Logo em sua primeira aparição, temos a mesma, contorcida (de forma erótica) para fazer uma simples pintura no tanque de uma moto. Sem contar nas cenas de slow-motion em que nota-se seus seios saltita
ndo enquanto ela corre desesperada, buscando segurança. Seu figurino é o fato mais evidente. Com shorts curtissímos e decotes favoráveis, Megan Fox faz apenas um papel figurativo com atuação à nível de uma boneca inflável.

A enjoativa exposição das Forças Armadas Americana já se torna algo uniforme e repetitivo, sem qualquer variação. O diretor Michael Bay com sua obsessão e sua insistência com tal assunto, se torna algo irritante e depreciativo, demonstrando uma certa falta de criatividade do mesmo. Com sequências sem objetividade e o abuso de câmeras lentas, o filme se transcorre unicamente a super-cenas de ações abusadas sem eloquência. Os personagens são usados como meras justificativas para
todas as explosões, gritos e tiroteios. Seguindo a linha, temos também aqueles que tentam entreter de forma frustrante o espectador com cenas cômicas, como os pais de Sam ou os irmãos Wayans.

O roteiro e a direção deixam claro a falta de postura por seus responsáveis. Cenas sem sentido que levam tal ação a desenrolar o decorrer da história, implicando com a inteligência daqueles que assistem o filme. Tal como a cena em que os Twin (gêmeos) começaram a brigar dentro do local em que se encontrava o artefato tão procurado pelos Decepticons e encontram "acidentalmente" a passagem sec
reta que leva até o objeto lacrado pelos Primes. Novamente não houve desenvolvimento dos personagens, apenas no casal Sam e Mikaela com frescuras de "amo/não amo" e ridicularizando John Turturro e Julie White.

Enfim, se você busca um filme de ação com cenas realmente fantastícas, Transformers: A Vingança dos Derrotados seria uma excelente escolha. É simplesmente incrível ver Optimus Prime, seus companheiros Autobots e os Decepticons se transformarem, deixando qualquer um com queixo no chão. Embora falte qualidade no enredo, pode-se dizer que se equilibre pelos efeitos visuais e pirotecnia. Não crie espectativa com a história, apenas se deslumbre visualmente sem ater-se ao que se passa no filme, ou seja, relaxe e aproveite o momento.

Veja no Cinema!

Transformers - O Filme por Fernando K.

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Curiosidades

- Michael Bay pretendia rodar um filme menor entre Transformers e sua sequência, mas não encontrou no período nenhum projeto que lhe atraísse.

- Os roteiristas Roberto Orci e Alex Kurtzman inicialmente recusaram trabalhar neste filme, devido a compromissos já firmados. A DreamWorks SKG contactou outros roteiristas, mas ficou decepcionada com as idéias apresentadas. Desta forma entrou novamente em contato com a dupla e os convenceu a retornar à série.

- O trabalho dos roteiristas foi interrompido durante a greve ocorrida em Hollywood, em 2007. Um dia antes do início da greve o trio de roteiristas entregou um tratamento, que foi ampliado pelo diretor Michael Bay em um roteiro de 60 páginas.

- Jonah Hill esteve em negociações para interpretar o personagem Leo Spitz.

- Inicialmente seria Teresa Palmer a intérprete de Alice.

- O diretor Michael Bay queria que Amaury Nolasco reprisasse o personagem Jorge Figueroa, mas o ator não pôde aceitar o convite devido a conflitos de agenda.

- As filmagens começaram um dia após a vitória do filme anterior no MTV Movie Awards.

- Em 27 de julho de 2008 os atores Shia LaBeouf e Isabel Lucas se envolveram em um acidente de carro, sendo necessária uma cirurgia na mão de LaBeouf. Como consequência as filmagens foram adiadas por dois dias.

- John Turturro teve autorização para escalar as pirâmides durante as filmagens no Egito.

- Lançado para comemorar o 25º aniversário da estréia da série de animação "Transformers", exibida entre 1984 e 1987.

- O orçamento de Transformers - A Vingança dos Derrotados foi de US$ 200 milhões.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/transformers-2/transformers-2.asp

Max Payne (2008) por Fernando K.

» Direção: John Moore

» Roteiro: Sam Lake (personagens), Shawn Ryan, Beau Thorne

» Gênero: Ação/Drama/Policial/Suspense

» Origem: Estados Unidos

» Duração: 86 minutos

» Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=MEx7ug0IAUI

Adaptação do jogo, "Max Payne" tem Mark Wahlberg no papel principal. Após o misterioso e brutal assassinato de sua família, o protagonista se torna uma pessoa totalmente tenebrosa e desorientada decaindo cada vez mais na escuridão. Agora, sendo responsável pelos inquéritos obsoletos, incluindo o seu, Payne ficará obssecado e enfrentará "forças maléficas" que o impediram de concretizar seu objetivo.

É importante lembrar que a adaptação em termos de produção foi fidelissíma ao game com o slow-motion. O diretor procurou sempre ser leal ao jogo, principalmente no visual, como por exemplo, a neve sobre as ruas, cenários obscuros, contrastes de cores em determinadas cenas. Também com o efeito bullet-time, Moore procura enfeitá-lo, sem que haja nada de surpreendente. Mas tirando esses poucos fatos, não há muito o que se dizer sobre o longa de forma benéfica.

Observando "Max Payne" de forma direta, é fácil perceber que o filme é muito previsível, resultando em um roteiro fraquissímo com uma direção totalmente desnorteada. Qual o fundamento do acréscimo de demônios e principalmente do terrorismo? Primeiro, John Moore se mostrou displicente e como dito anteriormente, desnorteado. Talvez quisera atrair os espectadores de forma surpreendente acrescentando a ficção, buscando semelhança ao inteligente "Constantine" de Francis Lowrence que também dirigiu "Eu Sou a Lenda". No entanto Moore se equivocou, tornando o longa medíocre sem chegar aos pés de "Constantine". Enquanto ao terrorismo como forma de entreterimento, apenas um adjetivo: repugnante.

Como havia dito antes, sou fã de Mark Wahlberg. Esse mesmo que chamou atenção com o reverenciado "Boogie Nights", em "", Rock Star, "Quatro Irmãos" e indicado ao Oscar pelo excelente "Os Infiltrados" de Scorsese. Mas neste longa, sendo protagonista, aliás, único personagem que de alguma forma se destaca, se mostrou um típico "nem cheira, nem fede". O par Mona Sax interpretada por Mila Kunis, surgiu de uma caixinha mágica de forma misteriosa e irrelevante e também sem nenhum destaque. Os demais do elenco também não fazem diferença.

Finalmente finalizando, o previsível "Max Payne" é aquele tipo de filme que chama a atenção pela capa e até mesmo pelo trailer, no entanto, pura enganação. Não há nada de diferencial no longa e tudo não passa de mera superficialidade sem contexto. Recomendo que você assista somente se não houver absolutamente nada de interessante em sua locadora!

NOTA: 4,0

Por Fernando K.

Premiações
- Recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Ator (Mark Wahlberg).

Curiosidades

- O diretor John Moore declarou que buscou atender ao máximo aos pedidos dos fãs da série de jogos de videogame.

- Mark Wahlberg declarou que jamais jogara "Max Payne" e que apenas o roteiro serviu para lhe dar uma boa compreensão do perfil do personagem-título.

- O personagem Jason Colvin foi oferecido a Tobey Maguire, que o recusou.

- James McCaffrey, que dá voz a Max Payne nos jogos da série, faz uma ponta como o agente do FBI apresentado pelo personagem Jim Bravura.

- As filmagens ocorreram entre 2 de março e 9 de maio de 2008.

- Há uma cena extra após os créditos finais.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/max-payne/max-payne.asp

Anjos da Noite - A Rebelião (2009) por Fernando K.
» Direção: Patrick Tatopoulos

» Roteiro: Len Wiseman (personagens e argumento), Danny McBride (personagens, argumento e roteiro), Kevin Grevioux (personagens), Dirk Blackman (roteiro), Howard McCain (roteiro), Robert Orr (argumento)

» Gênero: Ação/Fantasia/Suspense/Terror

» Origem: Estados Unidos

» Duração: 92 minuto
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Alexander Corvinus sendo o primeiro imortal, deu origem a duas poderosas raças de seres sobrenaturais a partir de seus dois filhos: Markus e William. Os vampiros, aristocratas e soberbos, vindos da linhagem de Markus e os lycans, ferozes e brutais, vindos de William. Durante a Era Medieval, dominada pelos vampiros que sempre temeram os lycans, surge Lucian (Michael Sheen), um lobisomem diferenciado por uma alteração genética que o deixa com aparência humana e com poder de transformação. Viktor (Bill Nighy), líder dos vampiros, se aproveita disso e cria uma nova espécie de escravos com um coleira ponteaguda impedindo-os de se transformar, para que possam trabalhar durante o dia, já que os vampiros são vulneráveis ao Sol.
Estreando na direção, temos Patrick Tatopoulos, especialista em efeitos-especiais tendo uma boa direção, porém sem destaque. Com uma fotografia e direção de arte de qualidade, o longa tem ótimas cenas de ação, com muito sangue e lutas marcantes. Mesmo sendo um prequel, Tatopoulos decidiu seguir a linha dos outros dois da franquia, colocando a narração de Beckinsale (Selene) durante o início e sua aparição ao final, dando um toque a mais ao filme. Os efeitos também não ficam para trás, com exceção de uma única cena em que Lucian sai da fortaleza para salvar Sonja (Rhona Mitra) dos lycans na floresta e a cabeça de um deles é brutalmente cortada, lembrando-me efeitos-especiais da década de 90.

No elenco, temos Michael Sheen como destaque. Encarnando o revolucionário Lucian, o ator soube interpretar com inteligência, dando uma vivacidade maior ao lycan. Com palavras marcantes durante o discurso em um tom intenso nos levando a acreditar nele, Sheen mostrou capacidade em demonstrar liderança ao seu personagem e não ficou devendo nas cenas mais delicadas de afeto ao lado de sua amada Sonja. Também temos Bill Nighy na pele de Viktor dando tudo de si para interpretar com total competência. Já a bela Rhona Mitra ficou praticamente como segundo plano. Sempre inferior nas cenas com seu amado ou ao lado do pai, a vampira teve uma atuação de menor destaque em relação à sua antecessora, a também bela Kate Beckinsale. Mesmo assim, não foi mal.

Enfim, "Anjos da Noite - A Rebelião" é um bom entreterimento com uma história à la Romeu & Julieta no estilo sobrenatural com boas cenas de ação. Para aqueles que admiram esse mundo dos vampiros e lobisomens, o longa não ficará devendo e em relação aos outros dois filmes da franquia, fico dividido entre este e o primeiro (Underworld - Anjos da Noite, 2003) que foram bem bolados. Fica a esperança para um quarto filme, mas com a queda de bilheteria, é difícil acreditar que possa haver uma continuação, embora o enredo permita deixando uma abertura para tal. Um bom filme para assistir naquele domingo chuvoso.

O Procurado (2008) por Fernando K.

» Título Original: Wanted, 2008

»Direção: Timur Bekmambetov

» Roteiro: Michael Brandt (história e roteiro), Derek Haas (história e roteiro), Chris Morgan (roteiro), Mark Millar (quadrinhos), J.G. Jones (quadrinhos)

» Gênero: Ação

» Origem: Estados Unidos

» Duração: 110 minutos

» Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=xK0F6lRgEgE

Wesley Gibson (James McAvoy) é um cara comum em um emprego comum que vive uma crise de tédio e desgosto por sua vida. Isso tudo muda quando encontra Fox (Angelina Jolie), um membro de uma organização chamada Fraternidade, que transformará sua vida desisteressante em adrenalina pura. Logo, o fracassado se torna o núcleo dessa organização e terá que destruir a todos que forem "teados" em seu caminho.

Esse longa-metragem baseado no HQ "Wanted", por Mark Millar e J.G. Jones resume-se em duas palavra: pura adrenalina. Tiroteio e perseguição de carros por todos os lados, "O Procurado" não permite que o espectador vire o rosto da tela por um momento sequer. Repleto de ações e cenas que desafiam a física, o longa nos leva a uma violência desenfreada com muito efeito bullet-time e câmeras lentas. Essas cenas alucinantes fogem da veracidade dos fatos para um bem maior: entreter o público, ou seja, tombar um ônibus repleto de passageiros apenas para poder escapar de uma perseguição de carros é algo totalmente irrelevante!

Dirigido por Timur Bekmambetov, credenciado por "Guardiões da Noite" (2004) e "Guardiões do Dia" (2006), logo o mesmo foi convidado a dirigir este longa. Impondo seu estilo que transforma o normal em algo frenético, o soviético mostrou um trabalho convicente acertando em algumas cenas e exageradando em outras. Como exemplo de acerto, pode-se citar as cenas de confronto de balas em câmera lenta, lembrando um duelo de espadas. Já os erros exagerados seriam os carros voadores e manobras impossíveis (entre outros), como aquela em que Fox da um 360º e põe Wesley para dentro de seu Viper.

O roteiro é falho e cheio de reviravoltas inconsequentes, chegando a ser algo perturbador nos incitando à violência e até mesmo criticando aqueles que assistem ao longa, como se tivesse dizendo "eu sou um fracassado como você que está aí sentado". E a busca incessante do protagonista por redenção através da violência também é algo de certo ponto, assustador. E qual seria a finalidade de tudo isso seguindo as ordens de um "tear mágico"? Isso só deixa claro que os assassinos são apenas meros fantoches na mão de vai-saber-quem.

Eis um nome que vem surgindo no cinema norte-americano com certo glamour: James McAvoy. Após sua brilhante atuação em "O Últmo Rei da Escócia" (2006) e elogiado por "Desejo e Reparação" (2007), ele finalmente protagoniza seu primeiro longa de ação ao lado de ninguém menos que a linda Angelina Jolie, usada no filme como a garota-propaganda da indústria armamentista e que sempre nos agrada em suas interpretações, sejam dramas ("A Troca"), ações ("Sr. & Sra. Smith"), aventuras ("Tomb Raider") e até animações ("O Espanta Tubarões"). Ao lado desses dois, temos Morgan Freeman, detentor do Oscar por "Menina de Ouro" que não vem acertando nos seus últimos trabalhos, embora eu seja grande fã do mesmo.

"O Procurado" é um filme de ação repleto de boas cenas do gênero com um roteiro inconsistente e repetitivo e com uma direção convincente e dinâmica. Com certeza aqueles que são fãs de tiroteio, perseguições de carros e cenas de ação fora da realidade, saíram satisfeitos com um sorriso no rosto e esperando pela próxima. Com uma adaptação diferente do HQ, o filme prioriza o entreterimento do espectador e fica nos devendo em termos de conteúdo. Assista, mas caso não queira, não estará perdendo nada.

NOTA: 7,0

Por Fernando K.

Curiosidades

- Baseado em série de quadrinhos criada por Mark Millar e publicada nos EUA, pela Top Cow Productions;

- É o primeiro filme norte-americano do diretor Timur Bekmambetov;

- Não há créditos iniciais;

- Na cena em que Wesley deixa o emprego pode ser visto ao fundo um anúncio da peça da Broadway "Wicked: The Musical". Marc E. Platt, produtor de "O Procurado" também produziu o espetáculo;

- As filmagens ocorreram entre 30 de abril e 20 de julho de 2007;

- O orçamento de "O Procurado" foi de US$75 milhões.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/procurado-2008/procurado-2008.asp

Bilheterias

- EUA: US$134 milhões;

- Restante do mundo: US$ 207 milhões;

- Total: US$ 341 milhões.

Fonte: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=4127

Hancock (2008) por Fernando K.

» Direção: Peter Berg

» Roteiro: Vicent Ngo, Vince Gilligan

» Gênero: Ação/Comédia

» Origem: Estados Unidos

» Duração: 92 minutos

» Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=Aip8WA7vWKU

Na tentativa de fazer algo diferenciado, temos Hancock (Will Smith), um herói nada comum. Sempre bêbado e de mal-humor, ele não tem carisma com o público, em outras palavras, é odiado pelo seu modo de agir para salvar as pessoas. Lógico que sua prioridade é resgatar aqueles que precisam de sua ajuda, mas isso valeria à pena se o preço, financeiramente falando, fosse altíssimo? Ao seu lado, temos Ray Embrey (Jason Bateman), um agente de relações públicas numa fase não muito boa de sua carreira que coincidentemente é salvo pelo fracassado herói. Após esse fato, Ray tentará de todas as formas reeguer a auto-estima de Hancock. E quem não apoiará o agente nessa difícil tarefa, é sua esposa Mary Embrey (Charlize Theron).

O longa destaca um ponto importante que não percebemos. Ao assistimos Liga da Justiça, por exemplo: a revoltada super-moça, quando aparece no desenho é a principal destruidora de bens públicos, tudo ao seu redor desaparece instantaneamente. E no fim, todos a agradecem por destruir por completo a sua querida cidade. Outro exemplo claro, seria as "Meninas Super-Poderosas". É incrível que em todos os episódios, a cidade se transforma em pó e tudo é revolvido a base da "porrada". Depois da batalha, os cidadões de Townsville as idolatram como heroínas, ignorando totalmente a devastação feita em sua cidade. Já Hancock, assim como as Meninas e Super-moça, mesmo fazendo exatamente o que elas fazem, acaba sendo vaiado e depredado pela população.

Além deste ponto de vista inteligente, o filme contém cenas cômicas, uma pitada de romance um também um drama que envolve esse anti-herói, em um conflito pessoal que ele acredita que terá de passar sozinho durante toda sua vida, sendo diferenciado das demais pessoas, excluído e sem ter conhecimento sobre seu passado. Hancock, em outras palavras, tendo todos os poderes do Super-Homem, não se destaca por suas habilidades, mas sim por esse conflito dele com a população e consigo mesmo.

O roteiro é recheado de clichês. No entanto, o que faz o espectador perder o interesse no mesmo, é o decorrer da história que leva um caminho confuso e sem sentido. Mary, uma mulher casada e mãe de dois filhos, na verdade é uma super-heroína?! Pior, ela era ex-mulher de Hancock! Que rumo é esse que o enredo é levado? No meu ver, seria como se não tivesse história e houvesse o preenchessem com baboseiras, apenas para complementar o longa. Resumindo, o filme no princípio é interessante e vai tomando um rumo nada satisfatório, na tentativa de surpreender e de não cair no convencionalismo. Infelizmente não foi dessa vez. De fato fiquei surpreso, mas de forma negativa. E talvez, haja mesmo uma diferença no final da história, mas que não agrada em nenhum momento sequer.

Will Smith não acertou desta vez. Uma interpretação sem destaque em um enredo sem sentido. O mesmo para Charlize Theron, uma atriz brilhante que sempre busca um papel desafiador, estava no lugar errado. Com uma direção plena e um roteiro confuso, o longa, com o decorrer, se ilude em efeitos especiais numa busca de trazer o espectador de volta à trama, mas que no fim acaba não dando certo e nos deixa decepcionados com toda a expectativa gerada em torno desse filme de super-herói diferente.

Para finalizar, "Hancock" fica longe de ser aquele filme péssimo que você nunca deve assistir. Pensando de modo geral, o longa até que é interessante em certos pontos, mas acaba se perdendo em seu decorrer. Existem apenas dois pontos a se destacar: efeitos especias e a busca por héroi nada convencional. O restante é apenas algo fútil para entreter o espectador. Veja uma vez na sua vida que é mais que suficiente.

NOTA: 5,0

Por Fernando K.

Curiosidades

- O roteiro originalmente se chamava "Tonight, He Comes" e ficou por mais de uma década sendo analisado pelos estúdios de Hollywood;

- A Warner Bros. dispensou a possibilidade de participar da produção de Hancock;

- O orçamento do filme foi de US$150 milhões.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/hancock/hancock.asp

Tropa de Elite (2007) por Fernando K.

» Diretor: José Padilha

» Roteiro: José Padilha, Bráulio Mantovani, Rodrigo Pimentel

» Gênero: Ação/Policial/Drama

» Origem: Brasil

» Duração: 115 minutos

» Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=0jeTL9hC3Wg

Confesso que nunca fui muito fã de filmes nacionais. São poucos aqueles que me atraem de forma intrigante, casos de "Central do Brasil" (1998) e "Cidade de Deus" (2002). Tanto que havia assistido "Tropa de Elite" a alguns dias atrás, sendo que seu lançamento foi a dois anos. Indo direto ao ponto, de fato, fiquei surpreso. A intensidade que envolve a trama é algo que merece destaque e respeito. Toda aquela fotografia branda com câmeras à mão são algus dos pontos fortes deste longa.

O roteiro é fascinante. A veracidade dos fatos, o envolvimento dos personagens e todos os momentos de tensão nos deixam aterrorizados (de forma positiva) na forma que Padilha ("Ônibus 174", 2002), com toda sua habilidade técnica, nos leva a refletir sobre toda essa guerra civil (particularmente o Rio de Janeiro) que o país vem enfrentando no decorrer dos anos. Tudo no filme é feito de forma cautelosa e com precisão a ponto que fique totalmente nítido para o espectador todo esse encalço de violência e corrupção desenfreada. O diretor soube harmonizar as cenas com perfeição, sejam as mais intensas ou as mais calmas e até mesmo as cômicas (treinamento), gerando um equilíbrio que se sobressai.

O capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, é o protagonista da trama. A beira de um colapso e com um filho prestes a nascer, nosso herói (por assim dizer), buscará por um sucessor para seu cargo e assim poder ficar em paz. Claro que o heroísmo do mesmo é questionável. Apesar de ser um policial honesto e dedicado ao seu trabalho e família, o capitão é adequado a algo próximo a realidade brasileira, ou seja, mesmo com suas qualidades, ele faz parte de um grupo de assassinato de "vagabundos" e "bandidos". É importante refletir sobre a d
efinição de herói neste caso...

Tanto Moura como Caio Junqueira (Neto) e Fernanda Machado (Maria) tiveram atuações muito boas, demonstrando essa qualidade que vem se aperfeiçoando desses jovens atores. Mas o principal destaque é para André Ramiro (Matias) tanto como ator como o personagem. A começar pelo segundo, o personagem Matias é o grande centro da trama. O desenvolvimento que é obrigado a sofrer com o decorrer do longa é surpreendente. O policial, a princípio, é um rapaz correto, honesto, estudioso e idealista que acredita no lado bom das pessoas. Logo, tudo muda quando entra no BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), tornando-se agressivo e agora consciente de toda a realidade. Ramiro soube encarnar seu personagem de forma brilhante, mostrando toda a sua habilidade ao interpretar.

"Tropa de Elite" não seria uma apologia a violência, mas também não seria algo tão contrário a isso. Em outras palavras, fica claro que Padilha nos instiga a refletir sobre o assunto. Sobre o que é certo e o que é errado. Seria essa (violência) a solução para os problemas do país ou a violência gera apenas mais violência? Nós estamos no meio de uma guerra e "uma guerra tem várias versões". E é isso que o diretor quer deixar claro para o espectador. Todos os pontos de vistas são apresentados de forma reflexiva por nós mesmos, mas qual seria o certo?

Finalizando, intenso, complexo e surpreedente são as principais caracteristicas do filme. Esse magnifíco longa brasileiro enaltece o questionamento sobre ética, moral e principalmente sobre o carater daqueles que participam no nosso dia-a-dia, seja um estudante usuário de drogas, um policial corrupto ou até mesmo um traficante que acredita estar "protegendo" a favela. Alguns podem até dizer que esse seria "mais um filme de favela", mas eu digo que este revolucionou o cinema do país, criando um gênero próprio de certa forma, a ponto de ser reconhecido pelo mundo à fora ganhando inclusive o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Recomendo e aconselho a comprar o dvd.

NOTA: 10,0

Curiosidades

- Tropa de Elite era originalmente um projeto de documentário, derivado de "Ônibus 174" (2002), tendo o BOPE como tema principal;

- Para preparar o filme, Padilha trabalhou dois anos em investigações com a colaboração do BOPE, psiquiatras da PM e ex-traficantes;

- Para compor os personagens Padilha entrevistou e ouviu histórias de quinze policiais, que conheceu depois que fez "Ônibus 174";

- Apesar das contribuições do ex-capital do BOPE, Rodrigo Pimentel, que escreveu em parceria com o sociólogo Luis Eduardo Soares o livro "Elite da Tropa", Padilha afirma que o filme não é uma adaptação do livro;

- A escolha do elenco foi feita por Fátima Toledo;

- Em novembro de 2006, traficantes do morro Chapéu Mangueira, onde as filmagens eram feitas, sequestraram parte da equipe que trabalhava no filme e roubaram as armas cenográficas. Cinquenta e nove delas eram réplicas e trinta e uma verdadeiras, adaptadas para tiros de festim. As filmagens foram paralizadas por cerca de duas semanas;

- Após ter a equipe sequestrada e as armas cenográficas roubadas durante as filmagens de Tropa de Elite, o diretor José Padilha teve uma cópia pirata do filme circulando antes de sua estréia nos cinemas. A cópia, que não era a edição definitiva do filme, foi vendida em camelôs dois meses antes do lançamento;

- Foi escolhido como filme de abertura do Festival do Rio 2007.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/tropa-de-elite/tropa-de-elite.asp

Transformers (2007) por Fernando K.

» Direção: Michael Bay

» Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman e John Rogers

» Gênero: Ação/Aventura/Ficção Científica

» Origem: Estados Unidos

» Duração: 144 minutos

» Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=QJxrVT49XHY

Baseado na série de brinquedos robôs que se transformavam em veículos e vice-versa, os Transformers continuam sua interminável luta entre o bem e o mau, para impedir Megatron e seus Decepticons de conquistar o planeta, com Optimus Prime e seus Autobots. O longa tem duas linhas narrativas, na primeira, temos Sam Witwicky (Shia Labeouf) e Mikaela Banes (Megan Fox) que terão que lutar com todas as forças para proteger a Allspark do inimigo junto com os Autobots. Na segunda, um grupo de soldados americanos em conflito com os Decepticons no Oriente-Médio.


O diretor Michael Bay buscou para seu filme, muita ação e barulho com explosões, tiroteios, gritaria tornando-o a certo ponto ensurdecedor. Também demonstrou um excesso de confiança em si quando exibe a cena em que o garoto corre gritando: “Isto é muito melhor que Armageddon”. É possível também perceber um aspecto machista no longa, como no momento em que Sam vai comprar seu primeiro carro: “Agora tenho o carro, falta a garota”. Enfim, Bay sempre consegue deixar o público satisfeito no requisito adrenalina, no entanto, possui fraco senso de composição escondido pelo seu estilo, além dessa sua devoção enjoativa pelas Forças Armadas explicita no filme.


Em relação ao elenco não há muito o que dizer. Talvez haja um excesso de personagens no longa que são desnecessários, sendo que se poderia ter trabalhado mais naqueles que são fundamentais, como os próprios robôs por exemplo. Com exceção de Optimus e Bumblebee, é difícil dizer qual é qual ou quais as funções de cada um. De fato, existe essa falta de aprofundamento nos personagens robóticos, pois o que se dá a entender é que os Autobots são apenas alienígenas que invadem a Terra e não há a imagem heróica que deveria ser transmitida.


O roteiro é recheada de clichês. O garoto bobo e impopular que se apaixona pela gata da escola e que no fim acaba a conquistando, ou o soldado bonzinho e herói que deseja voltar para os braços de sua esposa e filho, entre outros. Apesar disso, é importante destacar que a trama soube criticar o governo de forma, no mínimo inteligente, como na cena em que aparecem os pés do presidente dos EUA, com uma meia de lã vermelha, deitado na poltrona de seu avião pedindo bolinho à aeromoça, referindo-se a George W. Bush (percebe-se pelo tom da voz). Mesmo assim, aparecem os militares dizendo a repetida frase: “destruir o inimigo”. Sem contar que Coréia do Norte, Irã e Rússia são apontados constantemente como “inimigos”.


Voltando ao elenco, a escolha de Shia Labeouf

foi muito inteligente, o papel coube perfeitamente a ele. Ator muito carismático e que vem se destacando constantemente nas telonas. Megan Fox, o que dizer dessa deusa... boa atriz, com certeza (absoluta) chama mais atenção pela beleza física do que sua performance. Ela está cotada para ser Lara Croft no próximo Tomb Raider e ambos estarão na continuação de Transformers.


Para finalizar, destaque para os efeitos digitais, pois é incrível essa transformação dos veículos para robôs, e o melhor de tudo: sem cortes nessas cenas. O filme transmite exatamente o que queremos ver, emoção e adrenalina, mas peca na falta de maior detalhe nas personalidades dos robôs e implica com personagens dispensáveis como Anthony Anderson (Glen) e a bela Rachael Taylor (Maggie).


NOTA: 8,0


Bilheterias
EUA: US$319 milhões.
Restante do mundo: US$388 milhões.

Total: US$707 milhões.
Fonte: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=3174

Homem de Ferro (2008) por Fernando K.


» Direção: Jon Favreau

» Roteiro: Mark Fergus, Hawk Ostby, Art Marcum e Matt Holloway (roteiro); Stan Lee, Don Heck e Larry Lieber (personagens)

» Gênero: Ação/Aventura/Ficção Científica

» Origem: Estados Unidos

» Duração: 126 minutos

» Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=cAimNngzBg4

O bilionário Tony Stark, responsável pela maior fornecedora armamentista do governo americano, é capturado e obrigado a construir uma de suas poderosas invenções para os terroristas, no entanto, ele consegue escapar do cativeiro de uma forma "diferenciada" e decide buscar sua redenção fazendo justiça com as próprias mãos. O diretor Jon Favreau soube convercer nessa nova adaptação da Marvel e encantou com esse longa. Se mostrou firme e talentoso nas cenas de ação e inclusive até fez uma ponta como motorista de Stark. Sua competência foi além do imaginado, pois foi uma surpresa para todos o nome de Favreau como diretor. Embora ambicioso, o mesmo, não se mostrou perfeccionista, gerando um bom trabalho.

No elenco, temos Robert Downey Jr. com uma atuação carismática e soberba, sabendo diferenciar suas emoções com clareza e inteligência, justamente o que era pretendido para o conflituoso personagem Tony Stark. Gwyneth Paltrow (Pepper) poderia ter mais destaque no longa, pois participara suficientimente para marcar presença, mas não conquistara a simpatia do público devido a falta de oportunidade. Já Terrence Howard (James Rhodes) aparece apenas como apoio ao protagonista, com esses vai-e-vem na tela, não há firmamento do personagem e ele fica praticamente como segundo plano.

Destaque para a cena de ação dos caças, um dos pontos fortes do filme e logicamente os efeitos visuais. Há uma crítica subentendida a respeito do lucro obtido pela construção de armas com referência vaga e indireta sobre a guerra do Iraque e o terrorismo sem citações sobre o governo americano.

Pontos negativos para o começo do longa, no qual Stark constrói uma "armadura de guerra" em seu cativeiro, no qual fere a lógica e o raciocínio dos telespectadores. E a falta de um vilão, transparecendo que Stane, interpretado por
Jeff Bridges, foi empurrado para tal por falta de opção, que aliás, não fica claro a razão do mesmo em se tornar antagonista, apenas entende-se que seu objetivo é "matar Stark e conquistar o mundo".

Concluindo, Homem de Ferro é uma excelente adaptação de HQ, melhor (minha opinião) que Quarteto Fantástico e Homem-Aranha. Contendo cenas muito boas de ação, ótima performance de Downey Jr. que soube se reerguer com estilo. Direção que surpreendeu positivamente e trilha sonora ideal com destaque ao clássico Black Sabbath


NOTA: 8,0

Por Fernando.

Curiosidades

- É o 1º filme produzido pela Marvel Entertainment sem a participação de qualquer distribuidora.
- Em 1999 houve um contato com Quentin Tarantino para que dirigisse e escrevesse o roteiro de Homem de Ferro.
- Em junho de 2001 os produtores negociaram com Joss Whedon, grande fã do personagem, para que dirigisse o filme.
- Em dezembro de 2004 Nick Cassavetes foi contratado como diretor de Homem de Ferro, que inicialmente seria lançado nos cinemas em 2006.
- Jon Favreau foi contratado para dirigir um filme do Capitão América, que seria lançado em 2009. Entretanto os produtores lhe ofereceram a oportunidade de dirigir Homem de Ferro imediatamente, a qual o diretor aceitou.
- Nicolas Cage e Tom Cruise manifestaram interesse em interpretar Tony Stark.
- Rachel McAdams era a 1ª escolha do diretor Jon Favreau para a personagem Virginia "Pepper" Potts, mas ela recusou o papel.
- Robert Downey Jr. treinou artes marciais 5 dias por semana, para ficar em forma para Homem de Ferro.
- Robert Downey Jr. trabalhou por 8 meses após o término das filmagens com a técnica de captura de movimento, de forma que os movimentos do Homem de Ferro fossem o mais realista possível.
- Para se preparar para o filme Jeff Bridges e Gwyneth Paltrow leram diversas edições da revista em quadrinhos do Homem de Ferro.
- Jon Favreau rodou Homem de Ferro na California, por considerar que muitos filmes recentes de super-herói foram feitos na costa leste dos Estados Unidos, especialmente em Nova York.
- Durante as filmagens Jon Favreau preferiu improvisar nas cenas de diálogo, seguindo influência do diretor Robert Altman.
- Nos quadrinhos o personagem Tony Stark torna-se o Homem de Ferro durante a Guerra do Vietnã. No filme esta situação foi atualizada para a Guerra do Iraque.
- Os três modelos da armadura do Homem de Ferro vistos em cena foram criados por Phil Saunders e Avi Granov. Granov trabalhava na revista em quadrinhos do próprio Homem de Ferro na época das filmagens. - Stan Lee, criador do personagem Homem de Ferro, faz uma pequena ponta no filme.

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/homem-de-ferro/homem-de-ferro.asp


Bilheterias
EUA: US$318 milhões.
Restante do mundo: US$263 milhões.
Total: US$582 milhões.

Fonte: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=4004


Os Reis da Rua (2008) por Fernando K.


(Street Kings, 2008)

» Direção: David Ayer

» Roteiro: James Ellroy (roteiro/estória), Kurt Wimmer e Jamie Moss (roteiro)

» Gênero: Drama/Ação/Policial

» Origem: Estados Unidos

» Duração: 109 minutos

Tom Ludlow é um policial veterano que busca a justiça com as próprias mãos, sendo favorecido pelo fato de ser um homem da lei. Quando seu ex-parceiro Terranoe Washington é assassinado brutalmente diante de seus olhos, Ludlow, busca de forma implável por seus assassinos e terá que se contrapôr ao sistema policial que seguira por tanto anos.

Começo pelo protagonista Tom Ludlow, interpretado por Keanu Reeves que teve uma atuação superficial, justamente como a maioria de seus papéis. Faltou um melhor aprofundamento na personagem e principalmente uma carga emocional mais eloquente. Pode-se dizer que Forest Whitaker tenha tido uma melhor atuação que Reeves, embora suficiente apenas para cumprir para com seu papel. Faltou diálogos mais trabalhados para ambos os personagens. Hugh Laurie e Chris Evans poderiam ter uma participação maior e felizmente souberam atuar com precisão em seus personagens.

Em relação a direção, prefiro não entrar em detalhes. Destaco pontos negativos como as cenas de ação que não eram transmitidas com eficácia, ou seja, faltou um gerar de tensão no telespectador. Houve um buscar de complexibilidade em cenas amenas que deveriam ter uma melhor aprofundamento, justamente para gerar essa tensão dito acima. A escolha de Reeves como protagonista, não seria minha primeira escolha e como disse anteriormente, faltou uma melhor utilização dos coadjuvantes Laurie e Evans.

De modo geral, o filme é difícil de se julgar. Embora tenha diversos pontos negativos, o longa mostra precisão para com nosso "herói não-resolvido". Ludlow utiliza um sistema simples e eficaz, conseguindo transmitir uma harmônia com seus fãs, que esperam que o bandido sempre morra no final e acreditem em fazer justiça com as próprias mãos, deixando de lado toda a burocracia contepôranea. O final, embora em determinado momento, "esperado", é surpreendente de certa forma que nos deixe aliviados e felizes.

NOTA: 8,0

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